Planejando férias nos EUA? Nova taxa de visto de US$ 250 começa em outubro e pode encarecer viagens de fim de ano
- jacyabreu
- há 5 dias
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Para evitar o aumento, especialista recomenda antecipar a solicitação do visto já em agosto; medida impacta turistas, estudantes e trabalhadores temporários
A partir de 1º de outubro de 2025, entra em vigor nos Estados Unidos a nova Visa Integrity Fee, taxa adicional de US$ 250 que será cobrada na emissão de vistos de não-imigrante. A medida afetará turistas, estudantes e trabalhadores temporários. O advogado Murtaz Navsariwala, especialista em imigração, alerta que a antecipação da solicitação do visto pode representar uma economia relevante, especialmente para quem planeja viajar de férias ao país no fim do ano.
A Visa Integrity Fee foi instituída pela lei One Big Beautiful Bill Act (H.R.1), sancionada em 4 de julho de 2025. A taxa de US$ 250 será cobrada em todos os vistos de não‑imigrante emitidos, incluindo vistos B‑1/B‑2 (turismo/negócios), F‑1/F‑2 (estudo), J (intercâmbio), H‑1B/H‑4, L, O, P e R (trabalho temporário). A cobrança tem como objetivo aumentar o compliance migratório, oferecendo reembolso a quem cumprir todos os requisitos do visto ao término da validade, como saída dentro do prazo e ausência de trabalho não autorizado.
Áreas afetadas pela taxa
Estudantes, turistas e trabalhadores temporários deverão pagar os US$ 250 por pessoa, inclusive dependentes. Estarão isentos apenas cidadãos de países que não precisam de visto para entrar nos Estados Unidos, como Canadá e Bermudas. No entanto, esses grupos já estão sujeitos a outros procedimentos específicos de entrada no país e não são o foco principal dessa nova cobrança.
A vigência oficial da taxa está marcada para 1º de outubro de 2025, porém há incertezas na implementação. Apesar de o mecanismo legal já estar em vigor, ainda não foram definidos os procedimentos de cobrança: não se sabe se o valor será recolhido pelo Departamento de Estado ou pelo DHS, tampouco como será organizada a eventual devolução. Não há mercado formal para postergação, mas o atraso na operacionalização pode gerar um breve período de transição.
Para quem pretende viajar aos Estados Unidos ainda em 2025, especialmente durante o período de festas de fim de ano, o ideal é solicitar o visto já em agosto. “Antecipar o processo pode representar uma economia significativa, já que a nova taxa de US$ 250 entra em vigor a partir de 1º de outubro. Além disso, os agendamentos consulares costumam ficar mais disputados à medida que o fim do ano se aproxima, o que reforça a importância de se adiantar”, orienta o Dr. Murtaz.
Impacto no planejamento financeiro
O custo total do processo será significativamente maior. Um estudante com visto F‑1, por exemplo, já paga em torno de US$ 535, valor que inclui duas taxas obrigatórias: a taxa MRV (Machine Readable Visa), de US$ 185, correspondente à taxa consular para agendamento e análise do pedido, e a taxa SEVIS (Student and Exchange Visitor Information System), de US$ 350, referente ao registro do estudante no sistema de controle migratório americano. Com a nova Visa Integrity Fee de US$ 250, esse valor sobe para quase US$ 785.
Dependentes com vistos como F‑2, por exemplo, também estarão sujeitos ao pagamento da nova taxa de US$ 250 por pessoa. No caso de uma família de quatro pessoas solicitando vistos B‑2 (turismo), o impacto financeiro será de US$ 1.000 adicionais apenas com a nova taxa, além do valor tradicional da taxa consular.
“O aumento nos custos para obtenção do visto é considerável. Para estudantes, por exemplo, o acréscimo de US$ 250 representa um peso importante no planejamento financeiro, principalmente quando somado à taxa SEVIS e à taxa consular tradicional. É fundamental que o solicitante inclua essa nova realidade no seu orçamento, já que os valores não são reembolsáveis imediatamente e ainda há incertezas sobre o retorno”, observa o Dr. Murtaz.
A criação da taxa integra uma política mais rigorosa adotada pelo governo dos EUA em 2025, focada em fortalecer o controle migratório, minimizar excessos de permanência e reforçar inspeções consulares. Essa medida acompanha outras iniciativas recentes, como a exigência ampliada de entrevistas presenciais e programas de caução de vistos para países com altos índices de overstays — termo que se refere a estrangeiros que entram legalmente no país com visto, mas permanecem além do prazo autorizado pela imigração.
“Apesar da nova exigência de caução para certos vistos, brasileiros não estão incluídos no programa‑piloto inicial, que hoje mira países como Malawi e Zâmbia. Portanto, quem solicitar visto B‑1/B‑2 como turista ou para negócios não deve ser afetado por essa caução de até US$ 15 mil”, tranquiliza o Dr. Murtaz.
Sobre o Murtaz Law
Com mais de uma década de experiência orientando famílias e indivíduos que desejam imigrar legalmente para os Estados Unidos, o Murtaz Law mantém uma impressionante taxa de aprovação de 99,5%. O escritório se destaca em casos de imigração temporária, familiar, naturalização e, principalmente, em processos de visto de trabalho — com ênfase no EB2-NIW, que pode levar à obtenção do Green Card.
O fundador, Murtaz Navsariwala, é advogado especializado em imigração para os EUA. Ele é formado em Economia e História pela Northwestern University e possui doutorado em Direito pela Indiana University Bloomington (Maurer School of Law). A Murtaz Law tem sede em Illinois (EUA), onde Murtaz é membro da Ordem dos Advogados, da ARDC, da American Immigration Lawyers Association e da American Bar Association.
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