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Projeto Vamos Fazer Arte transforma jovens músicos do interior do Ceará em sargentos das Forças Armadas

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No mês dedicado aos músicos, Croatá mostra ao Brasil que a música também é ponte para mobilidade social e futuro promissor.


O que começou como um modesto projeto de flauta doce em 2006, no interior do Ceará, hoje é responsável por transformar vidas e romper barreiras sociais e geográficas. O Ponto de Cultura Vamos Fazer Arte, sediado em Croatá-CE, tem levado jovens talentos locais diretamente à elite musical das Forças Armadas do Brasil — como sargentos músicos da Marinha e do Exército. Neste mês em que se celebra o Dia do Músico, em 22 de novembro, a trajetória desses jovens ganha ainda mais significado, mostrando como a arte pode ser um instrumento real de mobilidade social.


Essa história de impacto social e vocação artística ganhou nomes e rostos. Entre os ex-alunos que hoje vestem a farda militar, estão Antonio Felipe, Francisco Luan Lima, Nathan Ribeiro e Francisco Cleison Bezerra da Silva — quatro músicos que traduzem o poder de um projeto social feito com seriedade, afeto e visão de futuro. No mês que homenageia os músicos brasileiros, o Projeto Vamos Fazer Arte comprova que música também é cidadania, oportunidade e transformação.


De sopros e sonhos à estabilidade na Marinha e no Exército

Francisco Cleison Bezerra da Silva, 29 anos, saxofonista, entrou no projeto em 2010. Natural de Croatá, ele foi aprovado no concurso para sargento músico da Marinha, e hoje enxerga a carreira como a união entre paixão e propósito. "Foi uma das melhores notícias da minha vida. Um alívio, uma paz. Sentimento de dever cumprido", resume.

Cleison teve o primeiro contato com a música ainda criança, por influência dos pais, que sempre admiraram a banda da cidade. "No início era só uma brincadeira, mas logo tomou um rumo sério. Conheci o Ponto de Cultura através do maestro Hélio Júnior e do Silvério Oliveira. Fiz parte das primeiras turmas."


Segundo ele, o apoio que recebeu foi determinante. "O projeto me proporcionou todos os meios para viver da música. Tive acesso a professores da capital e suporte completo durante a preparação. O mais difícil foi a adaptação ao ambiente militar. A parte musical sempre estudei com dedicação."


Cleison faz questão de agradecer quem esteve ao seu lado. "Todos foram fundamentais, mas não posso deixar de citar o maestro Hélio e a Géssica, ambos coordenadores do projeto. Por várias vezes abriram mão da própria vida para sonhar comigo. Só tenho gratidão."


Outros nomes que já são motivo de orgulho nacional

Antonio Felipe, 27 anos, trombonista e hoje sargento da Marinha, entrou no projeto ainda criança. Criado pelos avós, dividiu-se entre a faculdade de Pedagogia, o trabalho como instrutor no projeto e os cuidados com a mãe. “Sem o Vamos Fazer Arte, eu não teria tido estrutura nem motivação. Foi ali que tudo começou.”

Luan Lima, clarinetista e violonista, foi aprovado nos concursos da Marinha e do Exército em 2021. Inspirado por Cleison, ele descobriu uma carreira possível dentro da música. “Quando o Cleison foi aprovado, senti que era isso que eu queria. A carreira militar me deu estabilidade fazendo o que eu amo.”

Natan Ribeiro, 25 anos, euphonista, é o mais recente a integrar as Forças Armadas. Foi aprovado como sargento músico dos Fuzileiros Navais em 2023. "Se não fosse o projeto, não sei onde estaria. O Vamos Fazer Arte salvou a minha vida."


Um projeto que planta oportunidades e colhe futuros

Criado pelos maestros Hélio Júnior e Silvério Oliveira, o Vamos Fazer Arte nasceu com apenas 30 crianças e aulas voluntárias de flauta doce e percussão. Hoje, atende cerca de 300 jovens com cursos de música e audiovisual. A Orquestra Filarmônica Estrelas da Serra, formada por alunos do projeto, já se apresentou em diversos estados brasileiros, dividindo palco com nomes como João Carlos Martins e Arthur Moreira Lima.

O projeto já recebeu prêmios de instituições como FUNARTE, Unicef, Fundação Itaú Social e Fundação Banco do Brasil. Em 2021, iniciou a construção do Centro Cultural Vamos Fazer Arte, que será o maior equipamento cultural da região norte do Ceará.


Mais que músicos: cidadãos, exemplos e multiplicadores

Um dos diferenciais do projeto é seu compromisso com o todo: além das aulas e dos instrumentos, os alunos contam com rede de apoio, orientação e, muitas vezes, transporte garantido para participar de provas, exames e concursos — com destaque para o apoio da empresa Guanabara.

“Mais que aprender música, os jovens aqui encontram propósito, apoio emocional e estrutura para sonhar alto”, diz o maestro Hélio Júnior.

Hoje, os ex-alunos sargentos se tornam referência para os que vêm depois. “Se você ama música, saiba que ela pode ser sua ponte para uma vida melhor. Pode ser sua profissão. Mas, acima de tudo, pode ser sua salvação”, afirma Nathan.

“Pesquise, estude, tenha disciplina. E procure projetos como o Vamos Fazer Arte. Eles mudam vidas. Mudaram a minha”, reforça Cleison.


Apoio e parcerias que sustentam a transformação

O Ponto de Cultura Vamos Fazer Arte conta com o apoio das Leis de Incentivo à Cultura — Mecenato Estadual e Federal — além do patrocínio das empresas Expresso Guanabara, Enel, Grendene e Beatriz Têxtil, e apoio institucional da Prefeitura de Croatá e do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura.

Essa rede de parceiros é essencial para garantir a continuidade do projeto, que segue revelando talentos, formando cidadãos e provando que, com arte, dedicação e oportunidade, é possível mudar o destino de uma geração.


Mais informações sobre os cursos gratuitos:Telefone: (88) 9 9257-2081 [Claro]


Acompanhe os projetos do Ponto de Cultura Vamos Fazer Arte nas redes sociais:


Serviço

O que: Cursos gratuitos de música


Público: Crianças, adolescentes e jovens a partir dos 5 anos

Inscrição presencial: Travessa Cazuza de Pinho, 475, Centro – CEP: 62.390-000, Croatá-CE


Contato para a imprensa

Assessoria: Jacy Abreu(85) 99712-5136 | (11) 96250-7303

 
 
 

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