Disforia de gênero: o que é, como se manifesta e por que reconhecer seus graus é essencial para o tratamento seguro
- jacyabreu
- há 2 dias
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A importância de avaliar cada paciente de forma individualizada para garantir acolhimento, segurança e resultados reais no processo de afirmação de gênero.
A disforia de gênero permanece como um dos conceitos menos explorados pela imprensa, apesar de ser central na experiência de milhares de pessoas trans no Brasil. Embora não seja uma doença, a disforia pode gerar sofrimento significativo quando não reconhecida ou quando recebe interpretações superficiais. Para o cirurgião Dr. José Martins, fundador da Transgender Center Brazil, compreender esse desconforto de maneira precisa é essencial para orientar tratamentos seguros e combater a desinformação. Ao longo de 11 anos de atuação exclusiva com a população trans — período em que acompanhou milhares de pacientes e trabalhou de forma integrada com psicólogos, endocrinologistas e outros especialistas — o médico desenvolveu uma compreensão clínica detalhada sobre como a disforia se manifesta e como interfere na vida cotidiana. Reconhecido pela Revista Veja como “o Pitanguy da cirurgia de redesignação sexual”, por ser o profissional que mais realiza operações desse campo no país, o Dr. Martins ressalta que o esclarecimento técnico é o primeiro passo para reduzir estigmas e orientar escolhas responsáveis.
De acordo com o médico, a disforia é um estado emocional de desconforto que surge quando há incongruência entre a identidade de gênero e as características corporais. Esse mal-estar pode aparecer de forma mais intensa em momentos de exposição social ou quando a pessoa encontra dificuldades para viver sua identidade de maneira plena. Por não se apresentar de maneira uniforme, a disforia é dividida em graus — leve, moderado e grave — o que permite avaliar prioridades e definir o plano de cuidado mais adequado. “A disforia não tem uma única forma. Alguns pacientes convivem com ela de maneira administrável; outros sentem impacto profundo na rotina. A intensidade determina a estratégia clínica”, afirma o cirurgião.
Nos quadros leves, o desconforto costuma ser localizado e não compromete de forma significativa a vida social. Já a disforia moderada afeta a autoestima e as interações sociais, podendo levar ao isolamento e à ansiedade. Os quadros graves, por outro lado, exigem atenção imediata: alguns pacientes evitam sair de casa, não conseguem se olhar no espelho e, em casos extremos, têm dificuldade até mesmo com cuidados básicos. Para o Dr. Martins, tratar todos os pacientes de forma igual é um equívoco que pode colocar vidas em risco. “A paciente com disforia grave precisa de acolhimento prioritário. Ignorar isso é negligenciar sofrimento”, alerta.
O médico enfatiza ainda que a disforia não tem cura, mas pode ser controlada de maneira eficaz. A terapia hormonal costuma ser a primeira medida, trazendo mudanças corporais e emocionais significativas. O acompanhamento psicológico é indispensável em qualquer idade, ajudando a construir expectativas realistas e preparando a paciente para possíveis intervenções cirúrgicas. As cirurgias de afirmação de gênero, quando indicadas, oferecem coerência corporal e alívio emocional, mas devem ocorrer no tempo certo. “O maior erro é operar alguém em pleno sofrimento descontrolado. Cirurgia sem preparo emocional pode intensificar o problema”, explica o especialista.
Entre os desafios frequentes, o Dr. Martins destaca pacientes que acreditam que múltiplas cirurgias resolverão por completo o desconforto. Para evitar frustrações, é necessário um diálogo claro sobre limites, possibilidades e resultados reais. “A cirurgia é uma ferramenta poderosa, mas não é solução absoluta. Quando a paciente entende isso, o processo se torna mais saudável”, afirma.
A trajetória do Dr. José Martins no campo da medicina trans consolidou-se pela criação de protocolos de feminização facial e redesignação sexual, além da adoção de técnicas minimamente invasivas e tecnologia robótica. Sua atuação internacional ganhou destaque ao ser convidado como um dos palestrantes internacionais do Master Course of Gender Affirmation, em Davos, onde compartilhou sua experiência sobre cirurgia trans e feminização facial com especialistas de diversos países. O reconhecimento da Revista Veja como “o Pitanguy da redesignação sexual” reforça não apenas sua liderança técnica, mas também sua contribuição para o avanço ético e seguro da medicina trans no Brasil.
O tema, segundo o especialista, tornou-se ainda mais urgente diante da crescente procura por tratamentos e da circulação de informações imprecisas nas redes sociais. Ele defende que jornalistas, profissionais de saúde e familiares tenham acesso a conteúdos claros, confiáveis e alinhados às diretrizes internacionais. “Estamos vivendo um momento de grande maturidade na medicina trans. Há conhecimento, equipes preparadas e técnicas avançadas. Controlar a disforia com dignidade deve ser o foco de todo o processo”, conclui.
Sobre a Transgender Center Brazil
Fundada em 2014 pelo Dr. José Carlos Martins Jr., a Transgender Center Brazil é referência nacional em cirurgias de redesignação sexual, feminização facial e vocal, e acompanhamento multidisciplinar. Com sede em Blumenau (SC), o centro já atendeu mais de 3 mil pacientes trans, sempre com foco em ética, segurança e humanização.
Sobre o Dr. José Carlos Martins Jr.
CRM/SP 161421 – CRM/SC 18281 – CRO/SC 7549
Dr. José Carlos Martins Jr. é médico e cirurgião plástico, também graduado em Odontologia. Possui pós-graduação em Cirurgia Bucomaxilofacial, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Cirurgia Plástica Facial. Foi fellow bolsista em Cirurgia Reconstrutora pelo University Hospital of Basel (Suíça), é membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Plástica (CBCP) e da World Professional Association for Transgender Health (WPATH).É autor do livro Transgêneros – orientações médicas para uma transição segura e fundador da Transgender Center Brazil, referência nacional no atendimento humanizado e multidisciplinar à população trans.
📣 O Dr. José Martins está disponível para entrevistas presenciais ou online, participação em reportagens e colaborações jornalísticas.
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